domingo, 17 de março de 2024

Rosbeef Sobre o Lume do A cosinha familiar - Tratado de culinária prática

Agarena de Leão : A cosinha familiar - Tratado de culinária prática. 2ª edição. Sociedade Nacional de Tipografia - 1924. p. 58

Rosbeef Sobre o Lume

Tem-se um quilo de bom rosbeef que se apára devidamente, esfrega-se com dois dentes de alho e sal suficiente e mete-se num tacho de barro que se pôs sobre um lume forte contendo uma colher de banha a qual deve estar bem quente. Vai-se voltando a carne de todos os lados para corar (o lume deve estar sempre bem forte afim de deixar a carne bem corada exteriormente e em sangue interiormente.
Em geral, um quarto de hora de cozedura é suficiente para a carne ficar no ponto preciso.
Serve-se numa travessa guarnecida em rodas de limão e quartos de batatas frita sem azeite.

Agarena de Leão : A cosinha familiar - Tratado de culinária prática. 2ª edição.
Sociedade Nacional de Tipografia - 1924

A receita foi retirada deste livro que faz ano 100 anos e que ainda nos vos tinha apresentado. Receitas mais ou menos simples, bem explicadas, cobrindo desde as sopas aos doces. Voltaremos seguramente a ele.

Queijadas de Sintra

Rosa Maria, A Cosinheira das Cosinheiras. Lisboa: Empresa Literária Universal. 3ª edição s.d. pág. 189

Queijadas de Sintra

Queijos frescos de leite de vaca - 50
Gemas de ovos - 24
Açúcar fino - 500 gr.
Farinha de trigo - q.b.

Batem-se num alguidar os queijos frescos com as gemas dos ovos e o açúcar, acrescentando à massa um pouco de farinha de trigo fina para lhe dar a consistência. Prepara-se com farinha, água e sal, uma massa rija que se estende sobre uma tábua com o rolo, se corta em rodelas com golpes na periferia para se formarem com essa massa as cascas das queijadas. Depois de feitas as cascas ou caixas enchem-se com a massa que primeiro se preparou, dispõem-se as queijadas em tabuleiros de folha e vão assim ao forno.

Esta receita foi-me dada por uma criada que se dizia sobrinha da queijadeira sintrense Matilde, e confirmada por pessoas da terra.

domingo, 10 de março de 2024

Bolo Hermínia


Bolo Hermínia

125 gr. de manteiga, que se bate com 250 gr. de açúcar, depois deitam-se 3 gemas de ovos, depois de batido leva meia chávena de leite, junta-se-lhe 150 gr. de farinha, com uma colher de chá de fermento inglês e no fim as claras batidas em castelo.
Deve ser cozido em lume pouco forte.

sábado, 9 de março de 2024

Tarte de Ervilhas Com Fiambre e um Bolo de Chocolate e Natas


 Tarte de Ervilhas Com Fiambre

Massa: 200 g. de farinha, 100 g. de manteiga ou margarina, o,5 dl. de água.
Recheio: 150 g. de fiambre, 3 ovos, 200 g. de ervilhas descascadas, 125 g. de natas, 1 colher de sopa de manteiga, sal, pimenta, noz moscada.

Trabalhe em areia a margarina com a farinha, adicione a água e amasse rapidamente. Molde a massa em bola. Tape-a com um pano e deixe-a descansar 1 hora pelo menos. 
Forre 1 forma de tarte com a massa, que fique o fundo coberto, por cima a colher de manteiga ou margarina cortada aos bocadinhos, depois o fiambre em cubos e espalhe sobre o fundo da tarte. Espalhe também as ervilhas previamente cozidas em água e sal.
À parte bata os ovos com as natas, tempere com sal e pimenta. Deite esta mistura sobre as ervilhas e leve a cozer no forno 25 a 30 minutos. Sirva quente.

Se não tiver natas pode substituir por 1,5 del. de molho bechamel.
Bem temperado é uma delicia.


Bolo de Chocolate e Natas
(Óptimo) (Teresa Marques)

6 gemas de ovos com 6 colheres de açúcar. Bate-se bem, juntam-se 6 colheres de sopa de chocolate em pó e 5 colheres de sopa de cacau. Por fim, juntam-se as claras batidas em castelo.
Vai ao forno em forma bem untada com manteiga.

Depois de frio, batem-se 350 g. de natas e quando estão quase batidas misturam-se açúcar ao gosto. Bate-se mais um bocado.
Cobre-se o bolo com estas natas e vai para a geleira.

FIM

domingo, 3 de março de 2024

Novidades bibliográficas do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda

Olga de Albuquerque. O Prazer da Mesa. Porto: Livraria Figueirinhas [1953]

O primeiro livro editado em Portugal com explicações passo a passo, segundo indicação da ACCP.

Renato Costa. Sabores Intemporais. Casal de Cambra: Caleidoscópio. 2006

Ministry of Tourism and Greek National Tourism Organisation. Greek Gastronomy. Athens 2004

Charles Oliver. Dinner at Buckingham Palace. London: John Blake Books 2018

As novidades que vieram enriquecer a biblioteca do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda. 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Torresmos do Céu

Manual do Confeiteiro e Pasteleiro: Nova arte do Conserveiro e Doceiro, Enciclopédia Bordalo, 
Vol. XII, Editor Arnaldo Bordalo, Lisboa, 1904 - pág.128

 Torresmos do Céu

Faz-se com um quilograma de açúcar uma calda em ponto de pasta; tira-se do lume e juntam-se-lhe 250 gramas de manteiga lavada, 250 gramas de farinha de trigo, alguma canela em pó e 125 gramas de amêndoas cortadas em bocadinhos, depois de descascadas e seis ovos batidos. Mistura-se e põe-se em tacho de cobre, sobre fogo brando. Em esfriando, deita-se sobre a mesa, e corta-se aos pedaços do feitio que se quiser, ou como torresmos.

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Bolo Esponja (D. Alzira)

 

Bolo Esponja
(D. Alzira)

7 ovos e 5 claras, 250 g. de açúcar.
Batem-se as gemas com o açúcar e as claras em castelo durante 20 minutos. Depois vai-se deitando as claras nos ovos e, batendo, deita-se um pacote de farinha de batata, sendo dos pequenos, dá-se uma volta; unta-se a forma com manteiga pondo um papel no fundo da forma, depois de untada deita-se a massa dentro e vai ao forno que deve estar moderado. Este bolo pula muito. Também leva um papel por cima para se não crestar.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

D. Ernestina


Fui redescobrir, numa das gravações Super8 do meu Pai,  imagens da D. Ernestina, última cozinheira da casa da minha Avó Eduarda e do meu Avô Manuel, em Santa Cruz da Trapa. Já disse algures que a memória mais antiga que tenho é, precisamente, gastronómica... e é-a com a D. Ernestina e os seus assados, que fazia naquele belíssimo forno a lenha que comandava com engenho e arte, hoje peça meramente decorativa na cozinha da casa. E é precisamente um assado, um perú de noite de Consoada, que nos aparece no filme. 

Lembro-me com carinho da D. Ernestina, das "mesadas" que me dava - e a cada um dos meus irmãos que aparecem nestas filmagens realizadas no Natal de 1981 - do banquinho onde se sentava junto do fogão de lenha (ainda lá está) e do alfinete de peito que deixou testamentado à minha Avó quando a eternidade lhe bateu à porta. Ernestina foi também o nome do último livro que ofereci à minha Avó Eduarda, admiradora que era do Rentes de Carvalho. 

Memórias de carvão e ramo de louro embebido em azeite.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

Dossier de Recortes Maria de Lourdes Modesto e o Bolo Quatro Quartos



Adquiri, há bem pouco tempo, uma fantástico dossier com recortes de imprensa de colunas de culinárias de Maria de Lourdes Modesto, datado do ano de 1961. Sem indicação dos jornais ou dos dias em que saíram publicadas as receitas, este dossier não deixa de ser um testemunho do apreço e da atenção que o trabalho de Maria de Lourdes Modesto mereceu. 
Dividido por secções, são centenas de recortes... e um chamou-me logo a atenção pelo nome, antecipando o que viria:


Bolo Quatro Quartos

Igual peso de ovos, manteiga ou margarina, açúcar e farinha.
Pese os ovos com a casca (um ovo fresco pesa aproximadamente 45 a 50 g.).
Separe as gemas das claras.
Num recipiente bata a manteiga ou margarina com o açúcar previamente peneirado até obter um creme muito leve e esbranquiçado.
Adicione as gemas uma a uma, batendo entre cada adição.
Bata as claras em castelo bem firme e junte-as à massa anterior alternadamente com a farinha peneirada.
Leve esta massa a cozer em formas bem untadas e polvilhadas com farinha e em forno médio.
Desenforme logo que saia do forno e deixe arrefecer sobre uma rede.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

SCAENA: À Mesa no Teatro Romano


E acaba de sair mais um fabuloso número da revista Scaena, desta feita com a temática "À Mesa No Teatro Romano", onde somos convidados a participar em várias facetas do saber comer Romano. Não percam. Com a chancela do Museu de Lisboa - Teatro Romano e a participação de nomes como Lídia Fernandes, Ana Marques Pereira, Inês de Ornellas e Castro, Isabel Drumond Braga, Virgílio Santos Nogueiro Gomes, David Felismino, entre muitos outros.

Pode ser adquirida na loja do Museu de Lisboa - Palácio Pimenta e no Museu de Lisboa - Teatro Romano ou na loja online: 

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Cozinhados Indianos: Livro mistério.

Cozinhados Indianos by Daniel Ferreira


Uma obra de gastronomia / culinária indo-portuguesa, com forte incidência na doçaria, que deverá ter sido publicada na antiga Índia Portuguesa, talvez Goa, e numa edição que, julgo eu, ainda será de finais do Século XIX. Se alguém tiver alguma informação mais que possa dar sobre este livro, agradecia muito.

Parece-me que faltam alguns páginas ou poderá ser um erro de paginação. Não consigo perceber.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

O Vinho Verde na Mesa e na Cozinha e as belas das Rabanadas Minhotas






Berta Loureiro Dias da Mota Alves. O Vinho Verde na Mesa e na Cozinha. Porto: Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. 1944

Exemplo de um pequeno opúsculo de "propaganda" a um produto, editado por uma instituição corporativa. Foram várias as agremiações que durante o Estado Novo o fizeram. Chamada cozinha de "enfarta-brutos" mas que termina com umas belas Rabanadas Minhotas que seguidamente transcrevo:

Rabanadas Minhotas

Ferve-se um pouco de bom vinho verde tinto com canela e açúcar.
Passam-se nele, a ferver, as fatias de pão.
Batem-se ovos como para omelette, passam-se neles as fatias e frejem-se em bastante óleo ou azeite bem quente.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Individual Lemon Drizzle Cakes


Mark Flanagan and Kathryn Cuthbertson: Royal Teas. Seasonal recipes from Buckingham Palace. Royal Collection Trust. London 2022

Mark Flanagan and Kathryn Cuthbertson: Royal Teas. Seasonal recipes from Buckingham Palace. Royal. P. 33

Individual Lemon 
Drizzle Cakes

2 free-range eggs
170g (7/8 cup) unrefined caster sugar
170g (3/4 cup) unsalted butter, softened
a pinch of salt
170g (1 1/3 cups) self-raising flour
zest and juice from 2 unwaxed lemons
90g (2/3 cup) icing sugar, sieved
Equipment:
individual paper loaf moulds, available
from all good supermarkets

1 Preheat the oven to 170°C (325°F, gas mark 3).
2 Place the individual loaf moulds on to a flat, heavy-duty baking tray and leave to one side until required.
3 Place the softened butter in an electric mixer bowl fitted with the whisk attachment. Add the remaining ingredients into the bowl and mix on speed 2 for three minutes until all the ingredients are fully incorporated and aerated. Divide evenly between the loaf moulds.
4 Place on the middle shelf of the preheated oven and bake for about 15 minutes, or until the sponge turns golden brown and springs back when touched.

For the lemon drizzle:

5 Place the lemon juice and the sieved icing sugar into a pan and simmer for a couple of minutes or until translucent in appearance. Brush over the lemon cakes as soon as they come out of the oven so that the liquid soaks evenly throughout the cake.

Eu fiz em formas de queques mas podem ser feitas tipo "madalenas".

Caso não consiga perceber a língua inglesa, pode sempre fazer cópia do texto para alguma ferramenta online de tradução como, por exemplo, o Google Tradutor.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

O Blog no WhatsApp

Siga o canal AS RECEITAS DA AVÓ HELENA E DA AVÓ EDUARDA no WhatsApp:  

https://whatsapp.com/channel/0029VaEYr9CCnA7sg6Gt1p25


Figos Cristalizados


Figos Cristalizados

Tomam-se figos pingo de mel os quais devem estar maduros mas não rebentados. Deitam-se numa vasilha e cobrem-se com água a ferver e com um palito vão-se picando e deitam-se para o passador para escorrer um pouco.
Depois de todos picados pesa-se igual porção de açúcar, o qual vai ao lume com pouca água e em começando a ferver juntam-se-lhe os figos que lá devem ferver por espaço de 1 hora. Tiram-se do lume e assim se deixam ficar até ao dia seguinte em que deve ferver novamente por 1 hora. No 3º dia voltam ao lume a ferver outra hora. Em seguida, com uma espumadeira tiram-se os figos da calda, passam-se por açúcar pilé e põe-se a secar sem apanharem sol.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Bolo de Amêndoa (Mª Aurora)


Bolo de Amêndoa
(Mª Aurora)

4 ovos, 1 chávena de manteiga, 1 chávena de açúcar, 1 de leite e 2 de farinha, 4 colheres de chá de fermento e 300 gr. de açúcar. 
Queimam-se 300 gr. de açúcar e depois mistura-se o leite frio e mexe-se sempre. À parte batem-se as gemas com o açúcar e manteiga e mistura-se depois o açúcar depois de frio. Em seguida junta-se a farinha, o fermento e as claras em castelo. Forma untada com manteiga.

Recheio:
1 chávena e meia de açúcar, 1 chávena de leite, 5 colheres de chá de manteiga e 200 gr. de amêndoa.
Depois de queimado o açúcar, deita-se o leite, a manteiga e a amêndoa passada pela máquina. Quando fizer estrada está pronto. Parte-se o bolo, recheia-se e cobre-se.

sábado, 13 de janeiro de 2024

Sopapos de Torres Vedras

Rosa Maria, A Cosinheira das Cosinheiras. Lisboa: Empresa Literária Universal. 3ª edição s.d. pág. 194

Sopapos de Torres Vedras

Deita-se em um tacho meio quilo de açúcar refinado, e adiciona-se-lhe a água precisa para que se dissolva o açúcar, o qual se põe a ferver em lume muito forte, até subir a ponto de cabelo; deita-se-lhe então um litro de leite, que carece estar bem quente para não atrasar a fervura. Mexe-se tudo e deixa-se ferver até que o leite fique bem coalhado (em pedacinhos). Tira-se então do fogo, e adiciona-se à mistura dezasseis gemas de ovos, antes bem batidas, mexe-se durante alguns minutos, e volta depois ao lume a ferver, o bastante para que as gemas fiquem cozidas, o que é rápido. Obtido isto despeja-se o doce me uma travessa e polvilha-se de canele em pó.
Quem, em vez de canela, preferir o sabor de baunilha, deve ferver um pedaço de uma fava de baunilha no leite e depois de fervida, extraí-la para que não fique no doce.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Esquecidos da Vida


Esquecidos da Vida

8 gemas, 2 claras, 500 g. de açúcar.
Bate-se durante 10 minutos, junta-se 500 g. de farinha triga e torna-se a bater até ficar uma massa grossa.
Envolvem-se as mãos em farinha e com uma colher das de sopa tiram-se bocadinhos de massa e fazem-se bolos que se deitam em latas untadas de manteiga. Forno brando. Ao meter no forno faz-se em cada bola um buraco, com um dedo, onde caiba uma cereja de compota.

Feliz Ano Novo com novas leituras...

Gostaria de desejar a todos os leitores do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda um excelente ano de 2024. Que o mesmo seja muito feliz e sereno, pleno de realizações, saúde e amizades em torno de uma mesa suculentos sabores e cheiros aromáticos... encontrados, espero, por esta página.

Depois de um pouco arredado do blog por mudanças profissionais e necessidade de uma nova gestão de tempo, eis que está tudo preparado para começar o novo ano, de forma enérgica e optimista. Conto, como sempre, com a vossa presença.

E para melhor começar, apresento-vos as novas aquisições que nos ajudarão a abrilhantar este cantinho de partilhas:

Elisa de Meurville, O Meu Amor é Cozinheiro. Lisboa: Publicações D. Quixote. 1ª edição 1988

Nuno Diniz, A Cozinha Popular Elitista. Lisboa: Âncora Editora, 1ª edição Novembro de 2023

Soror Maria Leocádia do Monte do Carmo, Abadessa, Livro das Receitas de Doces e Cozinhados Vários D'este
Convento de Santa Clara de Évora. 1729. Lisboa: Barca Nova Editor. Janeiro de 1988

Virgílio Nogueiro Gomes, Histórias e Curiosidades à Mesa. Barcarena: Marcador. 1ª edição Outubro de 2023

Maria Lecticia Cavalcanti, A Mesa de Deus. Lisboa: Quetzal. 2023

A.A.V.V. Receitas Que Contam Histórias. Alfragide; Leya. S.A. 1ª edição Maio de 2023

Beatriz Berrini e Maria de Lourdes Modesto, Comer e Beber com Eça de Queiroz. Rio de Janeiro: Editora Index. 1995

É ou não é um começo de ano auspicioso?!

sábado, 9 de dezembro de 2023

Oysters with a pickled ginger and shallot dressing




Felicity Souter: Painting the plate. Prestel Verlag. Munique 2023. pp. 14-17

 Oysters with a pickled ginger
and shallot dressing

Much like the later work of Odilon Redon, this a French classic with a subtle, Japanese-inspired twist.

Serves 3-4

For the dressing: 
- 1 echalion shallot (banana shallot)
-1 tablespoon drained pickled ginger slices
- 75 ml (5 tablespoons) rice vinegar
- 1/2 [half] teaspoon cracked black pepper
- Fine salt

12 fresh oysters

For the dessing, very finely chop the shallots and pickled ginger and put them in a small bowl with the rice vinegar, pepper and a pinch of salt. Stir and have a taste. Some pickled gingers are sweeter than others, so adjust with additional salt and/or vinegar to get it to your liking. Cover the dressing and put it in the refrigerator to allow the flavours to intensify for at least 2 hours and for up to 2 days before using.

Carefully shuck the oysters with an oyster knif. Fold a tea towel lengthways into a thick rectangle. Put an oyester, curved-side down, on one end, and wrap the redt of the towel around your hand to protect it as you hold the oyster in place.

Using an oyster knife, put the tip at the base of the hinge. Push down and then twist to pop open the shell. Slide the knife down the length of the top shell to separate the oyster and remove the top shell. Detach the oyster meat from the bottom shell.

Tos erve, lay the oysters over ice with the dressing in a small bowl with a spoon.

Três novos acrescentos na biblioteca do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda

Felicity Souter: Painting the plate. Prestel Verlag. Munique 2023

Cipriano T. Enciso: Cocina Gallega "Enxebre". Así se come y bebe en Galicia. Editorial Tres-Catorce-Diecisiete. Madrid 1982

Mark Flanagan and Kathryn Cuthbertson: Royal Teas. Seasonal recipes from Buckingham Palace. Royal Collection Trust. London 2022


E aqui estão as três novas incorporações na biblioteca do blog As Receitas da Avó Helena e da Avó Eduarda. Três livros, três países.

O primeiro, vindo da Fundação Louis Vuitton em Paris, faz um cruzamento maravilhoso entre História de Arte e culinária. Apresenta-nos um artista, uma obra e um prato inspirado nessa mesma obra. É fantástico.

O segundo, dá-nos um panorama dos comes e bebes da Galiza... e tanto deve a nossa gastronomia aos galegos que, no séc. XIX e XX, abriram tascas, tasquinhas e restaurantes nas grandes cidades, nomeadamente Lisboa.

O terceiro, oferta do amigo Pedro U., é uma deliciosa edição da Royal Collection Trust que nos leva até ao maravilhoso mundo dos Chás ingleses e tudo aquilo que é imprescindível, season by season... nem falta a portuguese sardine!

domingo, 12 de novembro de 2023

Biscoitos da Consoada


Biscoitos da Consoada

750 gr. de farinha de trigo escaldada com azeite a ferver, mexendo bem; junta-se-lhe uma pouca de água quente e um bocadinho de fermento, canela e 250 gr. de açúcar. Amassa-se tudo bem até fazer empolas, espera-se que fermente, estende-se na tábua, fazem-se os biscoitos da forma que se quer e vão ao forno.

Doce de Momento


Doce de Momento

4 gemas de ovos e a porção de açúcar precisa para as adoçar. Vai ao lume num tacho e, quando começa a ferver, deita-se-lhe um cálice de vinho do Porto, tira-se do lume, juntam-se-lhe as 4 claras batidas em neve e deita-se em cálices, servindo-se assim.

segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Ovos Estrelados à Rossini

Miquelina Martins, Cabaz das Compras nº 10 - Fevereiro de 1944. p. 63

Ovos Estrelados à Rossini

8 ovos; 125 grs. de foie-gras; 3 colheres de manteiga.

Numa grande caçarola deita-se a manteiga que se deixa aquecer bem e nele se estende o foie-gras, cobrindo todo o fundo. Corta-se em tantos bocados quantos são os ovos, volta-se cada um dos dois lados para que fiquem bem aquecidos e entre eles se abrem os ovos, com cuidado para se não desmancharem. Logo que fiquem fritos, temperam-se com sal e pimenta e servem-se na caçarola.

Areados Escosseses (assim mesmo, cheio de 's')

Miquelina Martins, Cabaz das Compras nº 10 - Fevereiro de 1944. p. 75

Areados Escosseses

250 grs. de farinha; 110 grs. de manteiga; 75 grs. de mel.

Amolece-se a manteiga numa vasilha de louça e mistura-se-lhe o mel, com uma colher de pau. A seguir junta-se-lhe a farinha a pouco e pouco amassando bem. Trabalha-se a massa à mão até que esteja perfeitamente ligada sem que se lhe adicione liquido algum. Forma-se depois uma bola grande que se achata com o rolo sobre uma folha grande de papel branco. Com os dentes dum garfo, pica-se toda a massa e corta-se com um copo voltado, em pequenos bolos que se afastam para não tocarem uns nos outros e ficarem pegados. Cozem-se em forno brando ficando com um tom levemente dourado.

sábado, 28 de outubro de 2023

A importância da castanha no pós-guerra (em Espanha) e a Sopa de Castanhas possível.


David Conde e Lorenzo Mariano: Las Recetas del Hambre. La comida de los años de posguerra.
Editorial Planeta: Crítica. Barcelona, Maio de 2023. p. 152
 
Se as papas ou os “cremes” foram os protagonistas no centro e no sul da península, as castanhas foram as protagonistas no norte e nas zonas de montanha. Embora, historicamente, este alimento tenha tido conotações simbólicas negativas devido à sua associação com a secura e a morte, o seu valor nutricional é inquestionável, razão pela qual sempre foi um alimento tradicional do campesino, que com ele satisfez o apetite na época fria. Precisamente por esta razão, pelas suas capacidades nutricionais, mas também pela facilidade de colheita, no pós-guerra gozou de extraordinária popularidade. Os castanheiros e os terrenos circundantes tornaram-se locais de peregrinação, locais onde os mais pobres iam esgravatar como se fossem animais famintos. Pobres que as consumiam das mais variadas formas através de uma infinidade de receitas, desde as mais simples - simplesmente assadas, que também lhes permitiam aquecer as mãos - até às mais complexas, com conotações que podiam ir do mais doce ao mais salgado. O seu consumo tornou-se tão importante que passou a ser considerado o alimento nacional, alcançando o status de ingrediente mais consumido no país em 1943.

Eles tinham um baú muito grande com uma divisão. Numa metade ficava o grão de trigo para alimentação dos animais e na outra metade ficavam as castanhas. Deram às crianças um punhado de castanhas para o lanche e depois trancaram o baú para não as “roubarem”. Eles tiveram de durar muitos meses...

 
David Conde e Lorenzo Mariano: Las Recetas del Hambre. La comida de los años de posguerra.
Editorial Planeta: Crítica. Barcelona, Maio de 2023. p. 153
 
 Sopa de Castanhas
 
Ingredientes:
 
Castanhas
Cenoura
Cebola
Alho-francês
Aipo
Salsa
Sal
Pimenta
 
Numa panela com água fervente, adicione sal e pimenta. Em seguida, as castanhas são cozidas com a cebola durante cerca de trinta minutos até ficarem macias. Como fica o líquido no fundo da panela, que tem todo o sabor das castanhas, pode adicionar-se as outras coisas... a cenoura, o alho-francês, o aipo... e adicionar mais água... e depois, tinha que se triturar... eu lembro-me.

As mais visitadas são: